Quem perguntar o que é uma newsletter para um dos vários aplicativos de Inteligência Artificial disponíveis na internet vai receber uma resposta protocolar, igual, ou ao menos bem parecida, a esta: “Uma newsletter é um boletim informativo periódico, geralmente enviado por e-mail, que compartilha conteúdo, atualizações ou novidades com um público específico”. Nada de errado com a resposta, mas uma newsletter pode ser isso e muito mais.
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Um dos traços mais marcantes da história do surfe é que inicialmente os surfistas tiveram que praticamente criar um mundo à parte para sobreviver numa sociedade que os enxergava como rebeldes sem causa. Pra não dizer, simplesmente, vagabundos de praia. Dessa necessidade de se legitimar, surgiu todo um ecossistema para atender as demandas de um grupo que tinha um comportamento bem específico. Nesse contexto, as revistas de surfe cumpriram um papel fundamental, que foi o de dar voz a essa tribo.
Com o avanço do tempo e da tecnologia, as revistas foram condenadas ao desaparecimento. Os sites e a mídia social aram a cumprir a função de elo entre os membros da comunidade surfística. O surfe também deixou de ser marginalizado e conquistou um merecido espaço nos grandes meios de comunicação. Basta dizer que a Globo é detentora no Brasil dos direitos de transmissão ao vivo das etapas da WSL e os principais portais de notícias cobrem sistematicamente o esporte.
Sem dúvida, nunca houve no planeta tanta informação sobre surfe disponível de forma gratuita. Tamanha a quantidade que chega a confundir, tornando difícil discernir no que realmente vale a pena prestar atenção. É com a intenção de resgatar a curadoria que as revistas faziam, selecionando e conectando assuntos, que o Waves está lançando a Newsletter “Conversa de Praia”.
“A ideia é resgatar aquele papel clássico do boletim informativo, mas com uma pegada atual, mais dinâmica. Algo que se aproxime de uma revista digital, feita para ser lida no seu tempo, do seu jeito”, afirma o CEO do Waves, Fernando Iesca. Ele complementa, “a gente acredita que, depois de surfar, não tem nada melhor do que falar de surfe. É com esse espírito que surge o recurso batizado pelo time de ‘Inteligência Salgada’. Uma curadoria feita por quem vive o surfe, para quem vive o surfe”.
Quem pode explicar um pouco mais do que se trata, é o experiente jornalista Adrian Kojin, que aceitou o convite do Waves para ser o editor da Newsletter. “Surfe e irreverência sempre andaram juntos”, diz ele, “e nós quisemos manter essa descontração na hora de criar a newsletter. Daí surgiu este trocadilho divertido com a tão falada Inteligência Artificial, que vem ganhando um espaço cada vez maior no mundo atual. Nosso objetivo é produzir um conteúdo inteligente, mas nunca artificial, e sempre com aquele tempero sagrado que é o sal do mar”.
Kojin esclarece que, “nada mais natural do que uma conversa de praia ser conduzida com bom humor, mas isso não quer dizer que faltarão assuntos sérios na nossa pauta. Muito pelo contrário, vamos criticar pesado quando necessário, especialmente em se tratando de questões relativas à proteção do meio ambiente. Queremos também falar de equipamentos, marketing, preparo físico, melhores destinos para viagens, tudo de uma maneira muito criteriosa, buscando entregar conteúdo que possa beneficiar o dia a dia dos surfistas”.
Como conta Fernando Iesca, “cada detalhe da newsletter foi pensado para transportar o leitor direto pro seu habitat natural. Do projeto gráfico, inspirado nos tons da areia e nas cores que fazem parte do universo do surfe e das praias, à curadoria visual das fotos. O resultado é uma newsletter vibrante, com alma, elegância e estilo. Tenho certeza de que vai surpreender positivamente. Um conteúdo feito por surfistas, para surfistas”.
Adrian Kojin volta ao time do Waves para assumir a editoria de “Conversa de Praia”
São mais de trinta anos atuando na mídia de surfe, ando por veículos nacionais e internacionais. Inclusive aqui no Waves, onde foi colunista e colaborador editorial. Na maior parte desta jornada, Adrian esteve à frente da saudosa revista Fluir, a publicação mais bem sucedida do surfe brasileiro. Curiosamente ele fez sua estreia no meio editorial na revista californiana Surfer, então considerada a bíblia do surfe, sem imaginar que isso se tornaria sua profissão.
Foi em 1988, após completar sua primeira travessia entre a Califórnia e o Brasil por terra, numa moto carregando sua prancha na garupa, surfando todas as ondas que encontrou pelo caminho. A aventura virou reportagens nas revistas Surfer e Trip, e um livro, Alma Panamericana. 35 anos depois Adrian repetiria o mesmo roteiro, desta vez numa van carregada de pranchas e levando também uma bicicleta elétrica. A finalização do documentário filmado durante a viagem é um dos projetos em que ele trabalha no momento.
Quando a mídia impressa ou a perder tração diante da arremetida avassaladora da comunicação digital, Adrian encerrou a publicação da edição brasileira do The Surfer’s Journal, que estava a seu cargo, e resolveu dar um tempo no jornalismo de surfe voltando a residir na Costa Rica, onde já havia ado alguns anos. Mas a vocação falou mais alto, e em seu regresso ao litoral norte de São Paulo, assumiu a editoria do site Surfline, para o Brasil.
Sempre pronto para um novo desafio, Kojin topou na hora o convite do Waves para editar a newsletter Conversa de Praia. “Acredito no enorme potencial deste tipo de jornalismo para falar mais diretamente com cada leitor. O propósito é o fortalecimento da sensação de pertencimento a uma comunidade única e especial, a dos surfistas. Estou muito animado com o projeto e convido a todos a pegarem essa onda com a gente”.